quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Relato de uma amizade roubada por um beijo

Ela passa com as amigas. Passa uma vez, duas vezes, as vezes que lhe apetecer e nenhuma passa despercebida. Há sempre aquele olhar tímido por entre todos os outros que tenta ver melhor quem realmente é. Passam-se dias e dias e aquele olhar que tão tímido era começa agora a desabrochar e procura por mais, mais vislumbres dela. Propositadamente dá-se um toque, um pequeno empurrão que vem mesmo a calhar. "-Desculpa." - diz ele ainda meio a gaguejar; "-Não tem mal." - responde ela; Depois desta conversa, se é que assim se pode chamar, cada um seguiu para seu lado. Termina tal como os outros dias apenas com um ligeiro toque na alma, algo a murmurar dentro dos ouvidos. "Não tem mal." Apenas isso bastou. Dorme-se sobre o assunto e passa-se bem a noite sem se pensar nisso. No dia seguinte voltam a cruzar-se. "Olá." Começa ele. Ela responde de seguida "Olá." Ainda na indecisão de continuar ou não acaba por sair uma pergunta. "Tudo bem?" Foi o que se ouviu. Apanhada de surpresa, sem contar com este diálogo, acaba por responder "Sim, e contigo?". Pergunta crucial. A seguir a ela iniciou-se uma larga conversa onde se trocam nomes, gostos, talvez coincidências. Não foi preciso muito tempo para que tivessem os números de telemóvel um do outro. A partir daí nada impedia nada. Cria-se uma amizade maior, cresce a confiança, dão-se bem um com o outro. Com o tempo aumenta a intimidade. Começam a passar cada vez mais tempo juntos. Intervalos, horas de almoço, tempo livre. Tudo servia de pretexto para estarem juntos a conversarem. Aproximavam-se cada vez mais um do outro. Um toque no cabelo dela, um encosto no ombro dele. Carícia nas suas suaves mãos, abraço. Tudo cresce, talvez algo novo surja. Chegam a casa e a primeira coisa que fazem é ligar um ao outro para conversarem, matar saudades, se é que o tempo que passou desde a última vez que se viram o permita. Passam horas a fio a falar por telemóvel, ninguém os impedia e eles faziam-no. Sem saberem foram alimentando algo que não sabiam o que era ao certo. Cresceu a passos largos de cada vez que se viam e eles sem sequer darem por isso. Voltam-se a sentar juntos, não como de costume mas num local mais arrojado onde ninguém os perturbasse. Continuam a falar. Dão as mãos. Ele toca-lhe o cabelo, ela chega-se a ele. Ela toca-lhe na face, ele aproxima a dele à dela e no meio de tudo isso beijam-se. Tudo isto é considerado lindo, se é que me faço entender. Mas depois disto ela afasta-se dele. Começam a estar juntos menos vezes e por consequente falam cada vez menos. O tempo não pára e a distância aumenta. O que foi outrora um olhar tímido era agora um olhar viajante que recordava todos os momentos passados ao lado dela. Tudo o que disseram um ao outro. Uma amizade que se construiu do nada. Confiança que se criou. Não foi vento que levou isso mas sim um beijo. Beijo esse vindo de ambos. Algo que os marcou, mais a um que a outro. A parada era alta e nem sempre se ganha. O jogo é viciado. Quem começa a ganhar sai sempre a perder. Foi o que aconteceu. Tudo começou com um simples “Desculpa.” E tudo acabou num beijo que daí surgiu. A confiança apagou-se, a amizade desapareceu. Dois grandes amigos não passavam agora de apenas mais dois estranhos onde reina a indiferença. Relatos de algo semelhante ouvem-se diariamente. Raros são os que contradigam tal coisa.

Tec_Fil

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Dualidades

Querer mais do que o que se tem. Ser-se ambicioso. Querer ter o poder nas palmas das mãos, senti-lo, poder tocá-lo.
É uma sensação única. Saber que se pode fazer o que não se faz.
Existem limitantes mesmo à nossa frente. Amor, a maior delas. Sacrifícios são feitos por ele. Muita coisa de deixa por fazer. Muito tempo dedicado até se chegar ao dia em que se conclui que não passou de uma enorme perda de tempo.
Até à data em nada disso se pensa. Algo nos cega por completo e nós deixamo-nos levar.
Tudo vai correndo bem e avançando.
Um dia, sem saber como nem porquê, algo surge pelo meio. Descontrola-nos por completo, deixa-nos à toa.
Não é nada de concreto, antes pelo contrário.
Deixa-nos entre a espada e parede tendo a faca e o queijo na mão.
Acabamos por ter de tomar uma decisão que muitas das vezes e a mias incensata.
Temos algo de bom nas mãos mas queremos mais.
Tornamo-nos invejosos por nós mesmo.
Agora é tarde, já se instalou por completo. Será que se deixa correr? Valerá a pena?
Se há algo que saiba responder a tudo isto mesmo com todos os prós e contras esse algo é o tempo. Nada nem ninguém o controla, é universal.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Tudo fica na esponja chamada "memória"

Momentos únicos que proporcionaste ficam gravados na memória. Gravados de tal modo que ninguém jamais os retira. Pode passar o tempo que quiseres mas por muito que queiras simplesmente não desaparecem. Nada o pode impedir. Se os deste porque haverias agora de os querer teirar? Já lá estão, evitas. Esforços contrários se revelam. Por um lado, o meu esforço para que não desapareça, por outro, o teu esforço para que desapareça. Nestas situações não basta querer. Há algo de força maior por detrás de todo o resto. Sentimentos foram tocados, sensações vividas e emoções despertadas. Está feito. Voltar atrás? Não, obrigado. Foi um momento um tanto e quanto especial. Não perguntes o porquê, tu sabes-lo melhor que ninguém. Sozinhos, isolados de todo o resto. Não por acaso mas propositadamente, assim se quis. Se também lá estavas porque evitas? Não entendo. Algo despertou pelo teu suave e terno toque. Algo adormecido à muito. Também não perguntes o porquê, esse não to digo, é meu. Podes-me chamar invejoso, podes chamar que quiseres. De momento só uma coisa é que me afecta. Sabes bem o quê
Tec_Fil

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Viagens, quem não as faz?

Quem nunca deixa para trás as suas raízes nem se afasta de tudo o que o rodeia diariamente acaba por se resignar a ver sempre os mesmos rostos, os mesmos lugares. Tudo sempre no mesmo sítio, o seu sítio…
O café habitual sempre com os mesmos clientes dia após dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Cada vez que lá vou para beber o meu café matinal lá encontro o Sr. José, a Ti Emília e o padeiro que vem sempre àquela hora. A Associação Cultural, onde nos encontramos para distrair e falar um pouco de tudo, incluindo o futebol, a abrir e a fechar diariamente no mesmo horário. Todos os locais visitados por mim, tudo sempre no mesmo sítio. Isto torna-se monótono tal como a minha própria rotina.
Ao fim de algum tempo, o monótono torna-se em aborrecido e foi este aborrecimento que me levou seriamente a pensar em deixar este lugar onde estou completamente enraizado nem que temporariamente. Talvez pela curiosidade de descobrir o que se passa para além do que conheço, talvez pela própria necessidade de espairecer, de abrir os meus horizontes a algo completamente desconhecido, não o sei ao certo. Apenas algo chama por mim lá de fora.
Não foi preciso nenhuma eternidade para tomar uma decisão que para mim foi a mais acertada. Nesse mesmo dia, dirigi-me ao meu computador e fui à internet reservar um bilhete para o próximo voo para Londres. A data do bilhete findava daí a 3 dias. Foi o tempo necessário para preparar as malas, despedir-me das caras conhecidas, que, por sinal, eram muitas, aliás, toda a aldeia, descansar e, 2 dias depois, tomar o rumo do aeroporto.
Assim foi, depois de uma longa noite de sono, acabou por vir uma viagem até ao aeroporto onde, à chegada, levantei de imediato o meu bilhete e dirigi-me à porta lá indicada aguardando a ordem de embarque.
“Porta de embarque para o voo 710 aberta para todos os passageiros deste voo”
Era o que ansiava ouvir no meio de toda aquela tremenda confusão.
Após a mensagem passar, entrei de imediato pela porta de embarque e dirigi-
-me ao avião. Entrei, procurei o meu lugar e sentei-me esperando que os restantes passageiros fizessem o mesmo. Por sorte fiquei sozinho num lugar encostado à janela.
As hospedeiras fecharam a porta e ligou-se uma luz vermelha que indicava “apertar os cintos” para se prosseguir à descolagem.
Foi uma descolagem suave. Assim que levantámos voo, encostei a cara à janela e pasmei com tamanha beleza a passar por debaixo de mim.
Com a viagem de avião terminada, chega a altura de procurar as malas e de chamar um táxi.
Chego ao hotel onde me hospedaria um par de horas mais tarde.
Papelada tratada, malas desfeitas e tudo arrumado, é hora de partir à descoberta.
Bastaram alguns instantes para escolher o primeiro destino. Estava em Londres e o que é de Londres sem o Lincoln Park?
Foi o meu local de eleição. Um enorme e belo parque. Mesmo à entrada olhava atentamente para tudo o que me rodeava, parecendo querer guardar todo o cenário que estava a ver naquele preciso momento onde sentia o sol aquecer-me ao de leve a face e um vento suave a correr-me pelos cabelos.
Focava o mais ínfimo pormenor acabando por o memorizar. Passei a tarde a apreciar a beleza que me rodeava por completo.
Ao final da tarde, lá ia eu, já quase à saída do parque. Todo o parque parecia deserto até ao momento em que cheguei ao lago. Era aí onde se juntava um grupo de pessoas que dava de comer aos patos que por lá nadavam.
Toda a minha atenção se fixou nesse lago. Parecia que algo me chamava realmente a atenção. Varri-o com um vasto olhar como se procurasse algo, embora não soubesse o quê. Durante esse longo olhar rasante a tudo o que se passava à volta do lago, alguém olhou com certa curiosidade para mim como que a perguntar-se quem seria eu, o que fez com que eu não passasse tão despercebido quanto desejara.
Acabei por me sentir a mais naquele belo cenário onde o sol não tardara a pôr-se e já se notava um leve escurecer no ar, trazendo consigo um ligeiro arrefecimento.
Ajeitei a casaca que levava vestida para me abrigar do frio nocturno. Dirigi-me ao portão do parque e olhei para trás. “Lá ao fundo estava ela a olhar-me novamente. Que quererá? Eu não a conheço nem pouco mais ou menos sei quem é”. – pensei para mim enquanto a olhava.
Um barulho desviou-me a atenção e, quando a voltei a olhar, ela já lá não estava. Dirigi-me ao portão e saí em direcção ao hotel.
Tudo isto despertou experiências novas, sensações nunca antes vividas, novidades a cada esquina. É só procurar por elas. Afinal de contas, uma viagem é isto mesmo.
Alguns chamam-lhe moral da história, outros chamam-lhe conclusão, eu prefiro chamar-lhe questão.
De que vale a pena ficar-se pelo que se tem mesmo ao lado se se tem uma infinidade de descobertas a fazer pelo mundo fora?

Tec_Fil

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ingenuidade

Ingénuo?
Sim, é o que sou.
Mesmo ao fim de tanto tempo
Tanta dificuldade
Tanto sacrifício
É isto que recebo?
Uma lista interminável de restrições.
Imposta aqui, ali
Por todo o lado.
Já chega
Não sou nenhum brinquedo
Com que se brinca.
Há sentimentos
Sim, sentimentos
Será que alguém realmente sabe o que são?
Se sabem porque é que os destroem?
Esperanças completamente abaladas.
“Não”
Palavra tão cruel de se ouvir
Muito mais quando se esforça por algo.
Mesmo que se faça de tudo nunca há um “sim” imediato
Podia-se facilitar um pouco as coisas
Mas não, tem de haver aquele “não” imediato
Mesmo à espera que perguntemos algo
Que tentemos algo
Está sempre lá
É inevitável…
“Não”
Assim que se ouve tudo muda
Ideias
Pensamentos
Sensações
TUDO!
Tec_Fil

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Música, pequena ideia sobre




Não há ninguém que eu conheça que não tenha uma pequena ideia do que é a música. Por muito errada que seja, têm-na. Só o pensar no que é já ajuda a descobrir algo novo, a ganhar curiosidade para saber o que é em concreto. Curiosidade que se revela muito maior do que imaginamos. Tão grande se torna quanto a variedade de estilos musicais que se vão ouvindo. Desde a tectónica, música de DJ´s, electrónica, etc. Todos estes estilos musicais partem de uma música digital, um enorme conjunto de zeros e uns que formam o código binário com que ela se toca e escreve.


Não gosto de chamar a isso música. Digamos cque para mim é uma enorme variedade de barulhos e ruidos que nuca mais acabam, uma espécie de praga que apareceu talvez por engano naquele lugar a que se chama "Mundo da Música" por excelência.


É certo que muitos a ouvem, são livres de o fazer assim como somos livres de nos exprimir perante algo mas isso são gostos e estes são indiscutíveis.


Mas quem é que não se lembra de ouvir uma boa música ao vivo? Assim ao estilo do jazz, aquilo a que chamam de guitarradas, uma música acústica?


Todos nós sabemos o que é isso mas só quem quer opta por continuar a ouvir.


Eu fiz a minha escolha assim como muitos outros e continuar a ouvir desta música, música que podemos sentir e tocar. Música que acaba por mexer connosco. Há quem decida tocar um instrumento ou vários conforme a aptidão de cada um.


Eu faço isso e não me arrependo mesmo nada de o fazer como certamente todos os membros de bandas instrumentais e filarmónicas. Mesmo que alguém nos questione se não acaba por ser uma perda de tempo estamos tão familiarizados e integrados no imenso mundo da música que para nós todo o tempo que passamos a tocar um instrumento é tempo precioso e bem empregue.


Não há quem nos negue que é uma das melhores experiências da vida, ver muito do nosso esforço e dedicação, todo aquele tempo passado a estudar os papéis, a aprendizagem do manuseamento do instrumento. Tudo isso acaba por valer a pena quando damos por nós a tocar numa banda na qual nos orgulhamos de tocar e de nos esforçar para que continue da melhor maneira possível. Chegamos a fazer possíveis e impossíveis para arranjar tempo para praticar. Perdemos horas de sono, horas de estudo, horas de descanço, horas com aquela pessoa que nos é tão especial. Todas estas horas contam e valem bem a pena.


Olha-mo-nos de farda vestita e instrumento na mão com o tão respeitado maestro a abanar a batuta e aí sentimos realemente que nada do que fizémos foi em vão.


Assim conclui-se que tudo tem um propósito de ser e nada o é por acaso, só por o ser.


Engana-se quem o pense assim.


Com esforço e dedicação tudo é possível. O belo pode ser ainda mais belo e o bom magnifico.


Se nos empenharmos e virmos que o pode ser graças a nós mais orgulhosos ficamos.


É um incentivo a quem já soube o que é tocar um instrumento para repensar muito bem no porquê de o ter deixado e que está sempre a tempo de o recuperar e para quem ainda não experimentou nenhum que nunca é tarde para o fazer.




Tec_Fil

Não é por isso que deixo

Se gosto do que faço?
Sim gosto e não me arrependo nada.
Porque o faço?
Porque gosto e ninguém me pode impedir.
Porquê?
É algo espontâneo que ninguém controla.
Se escrevi?
Sim escrevi, é verdade.
Para quem?
Não identifico ninguém, é algo meu.
Para quê?
Para evitar dar alento a quem pode não o merecer.
Porquê?
Há, infelizmente, quem não o mereça.
Tu?
Sim, mereces este e muito mais.
Não, não sou eu que to darei.
Aliás, tu já o tens em ti.
Põe-te em frente ao espelho
Olha-te de alto a baixo
Sim, és tu
É inquestionável
Mas qual de ti?
Acompanhada por alquém?
Não.
Sozinha?
Sim
É quando estamos sozinhos que melhor pensamos
Não é preciso muito para sair algo
Algum repouso e pensamento desocupado
Papel?
Não necessariamente.
Aqui serve perfeitamente
É um livro como todos os outros
Talvez maior, não sei
Basta folhear
Folheia
Não tenhas medo
Ninguém te pode proibir
Eu também o faço e ninguém me impede
Se me liberto aqui?
Não.
Não me liberto aqui, já sou livre
Livre de pensar como muitos outros
O uso que se dá ao pensamento?
Completamente pessoal
Ninguém tem nada a ver com isso
Se gosto assim?
Claro que gosto
Eu e não só
Se também gostas
Não pares.
Nem que alguém te diga para o fazeres
Também és livre
Tec_Fil

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Dia

De manhã é que se começa o dia.
O meu não é excepção
Até começa bem cedo.
No meio das lidas matinais,
Autocarro, viagem para a escola,
Acabo por despertar
Talvez não da melhor maneira.
Não é preciso procurar muito
Alguns passos bastam
Para me dar de caras contigo
Nem reparas
Mas eu vejo.
Conversa para aqui,
Conversa para ali.
A campainha toca
E cada um se dirige para seu lado
Volto-te a ver
Não de caras mas pelo reflexo
Dizem que o reflexo mostra as pessoas de verdade
E tu estavas lá
Acompanhada com um ombro
Não um simples ombro,
Algo mais que isso.
Estavas triste,
Talvez não.
Passo por ti e lá permaneces

Tec_Fil

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Já passou

Toda aquela ansiedade
Medo se assim lhe chamar
Talvez até fosse necessário
Talvez até nem fosse
Uma coisa é certa
Já passou e cá estou eu na mesma
Sozinho a pensar
Que simplesmente já passou

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Algo(intenso alterado)




Acaricio-te o rosto com suaves toques
Com beijos te aproximo
Com os dedos te acaricio
Percorrendo o teu corpo
Com gestos suaves te tento
No pescoço te mordo
A tua respiração ofusca
Sente-se
Fica mais pesada
Prossigo
Gestos mais carregados
Começo a beijar o teu corpo
Descendo o teu suave pescoço
Percorro as tuas costas macias
Tão macias que são
Cada vez se sente mais a tua respiração
É como se desejasses algo
Algo tão perto e tão distante
Continuo a descer
Beijo-te nas ancas
Algo se ouve
Contrais-te e viras-te
Percorro-te as pernas
Toco-te a barriga
Suspiras
Beijo-ta e gemes
Continuo
Sente-se algo mais intenso
Percorro-a com beijos e carícias
Tão suave e macia
Sensível e delicada
Toco-te os seios
Contrais-te
Beijo-tos
Não paro
Volto ao teu pescoço
Toco-te os lábios
Acabas por abri-los
Solta-se um som
Preencho-os com os meus
Mente ocupada
Tão ocupada
Num só pensamento
Nesse pensamento
Lá estás tu
Tal e qual como te encontras
Tento alcançar algo
Ali estou eu
A tentar dar-te algo
Avanço?
Eu tento
Tu recuas
Cada vez és mais intensa


Eis então que algo acontece




Tec_Fil

Medo

Aproxima-se uma data importante
A ansiedade cresce a passos vistos
Impossível de controlar
Impulsiva
Totalmente involuntária
Nada a controla
Ouve-se o "tic-tac"
Parece ecoar num poço sem fundo
Nunca se deixa de ouvir
Vai crescendo
Sente-se cada vez mais
Será que fazemos?
Será que teremos medo?
Depende de nós
Fazer ou não fazer
Eis a questão
Ser quem somos ou deixar-nos consumir pelo medo?

Tec_Fil

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Dúvida (in)finita...


Mais um triste e cansativo dia chegou finalmente ao fim.

Não é preciso muito para o ser.

Olhem para o céu, está escuro, assim como o meu pensamento.

Está alterado.

Algo me desviou as atenções por completo.

As horas foram passando e eu dei por mim a vê-las voar perante os meus olhos sem nada fazer.

Esperei por uma reacção que acabou por não chegar.

Reacção involuntária.

Tanto que não se manifestou em mim.

Limitou-se a passar sem nada me dizer.

Pois bem, acabou o dia.

Mais um dia sozinho como tantos outros.

Dia após dia cá estou eu.

Algo me prende aqui a este lugar ao qual chamamos de Terra.

Escureceu.

A mente espaireceu e a minha cabeça esvaziou-se de todos os pensamentos exteriores.

Chegou a altura de meditar um pouco sobre as minhas acções.

Tudo o que fiz e o que não fiz e o porquê.

Debruço-me sobre o que ando realmente a fazer por cá.

O meu pensamento há muito que deixou de ser terreno.

Ele próprio abriu seus horizontes.

Porque não faço eu o mesmo?


Tec_Fil