quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Tempo para pensar

Andava perdido sem saber ao certo por onde, perdido me sentia e perdido estava. Não tinha certezas nem sequer imaginava o que quer que elas fossem.
Tudo era duvidoso e nada esclarecedor.
As dúvidas, minhas únicas certezas, essas sim, inundavam-me da cabeça aos pés.
Era como se nada mais existisse.
“Porque é que é assim?”
“Porque é que não foi de outra maneira?”
“Porque agora e não daqui a uns tempos?”
Eram nada e tudo ao mesmo tempo.
Apenas nelas a minha atenção se concentrava, nada mais parecia naquele instante.
Tudo era e nada o era, mas porquê?
Porque é que uma coisa é e consegue não ser?
E como ao mesmo tempo?
É algo que nós, eu e muitos outros, tentamos desvendar.
São como um mistério e de seguida desvanecem-se em “O que terá sido?”.
É a partir daqui que começamos a pensar o porquê de dedicarmos tanto do nosso útil e pouco, muito pouco tempo a pensar em coisas que depois de dedicar-lhes muito do nosso pouco tempo chegam a parecer banais e até impensáveis mesmo por tão óbvias serem.

Tec_Fil

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