sábado, 9 de maio de 2009

Esta coisa a que chamamos tempo não espera por ninguém
Olha-se para o relógio e o que é que se vê?
Uma corrida interminável entre os ponteiros está a decorrer sem nunca termos dado por ela
A liderança vai largamente assumida pelos segundos levando atrás os minutos seguidos pelas horas que ao fim de algumas voltas formam dias
Tudo isto é sempre a somar e não volta atrás
Não é preciso muito para que se passe um ano e mais outro
Quando se olha para trás já é tarde,
Jamais voltará
Muitas das vezes decide-se prosseguir o caminho em frente
De alguma vez se há-de parar
Repara bem no peso que já sentes a carregar-te nos ombros
Precisas de ajuda?
Bem que podes chamar, ninguém te virá acudir
Sempre vieste em frente para chegares à meta
Agora que chegas-te encontras-te triste, velho e sozinho
Triste por não estar lá ninguém
Velho porque o tempo não pára
Sozinho por não teres parado para ajudar fosse lá quem fosse, amigo ou inimigo
Todos eles estavam na corrida
E nem por um único foste capaz de para uma vez que fosse
Tal não era a ganância pela vitória
Conseguiste
Finalmente e ao fim de todos estes anos alcançaste-a
Aproveita-a bem
É só tua
E de que é que te valeu?
Ultrapassaste tudo e todos
Conseguiste-os desprezar por completo
Olhas em redor e nada vez
Consequente disso mesmo
Triste, velho e sozinho
Isso não hás-de esquecer
Jamais o conseguirás

Tec_Fil

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