terça-feira, 18 de maio de 2010

Sozinho me encontro, mais do que alguma vez me tinha assim encontrado. Reticente estava perante tal situação, era algo em parte novo para mim. Não sabia o que era e nem tão pouco como era sentir-me e encontrar-me em tal situação.

Deparei-me com uma terrível ausência de ruído que se manifestava através de uma enorme demonstração de silêncio opaco que não se deixava atravessar pelo mais ínfimo ruído que fosse. Juntamente e a pouco e pouco fui dando pela ausência da luz que tanto me houvera perturbado em tempos passados, esta não passava agora de uma ténue vela acesa a tamanha distância que a vista mal a alcançava.

No local onde me encontrava não haviam janelas para o exterior, apenas uma porta que se encontrava ligeiramente aberta mas cuja da qual nem uma pequena brecha de luz se via reluzir em tamanha escuridão.

De súbito sente-se uma leve brisa que trás consigo um, quase que inaudível, chiar da porta e, de repente dou comigo a levantar-me quase que incrédulo com o que acreditava estar para acontecer e sentindo uma leve descarga de adrenalina, não por medo mas por esperança de que alguém lá viesse para além daquela agora entreaberta porta mas não, dela não vinha mais do que uma fria rajada de vento que apagou a já ofuscada e ardida vela que tão longe se via. Não era agora mais que um pavio incandescente que ia perdendo brilho vivamente até se ver um esguio fio de fumo e de seguida apenas mais um ponto negro no meio da escuridão como todos os outros…

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